Em Logoterapia,
logos quer dizer “sentido”, portanto, em tradução literal, é “terapia através do sentido”, uma psicoterapia centrada no sentido, um método de tratamento psicoterapêutico. Viktor Frankl desvela a dimensão do propriamente humano, a dimensão existencial, noética ou espiritual, que nos desperta para a busca e realização do sentido da vida. Por uma minuciosa análise fenomenológica, Frankl confirma o fato de que “o homem, no fundo, sempre aspira a encontrar um sentido para a sua vida e a atingir plenamente este sentido, realizando-o”.
A Logoterapia se concentra mais no futuro, ou seja, nos sentidos e valores a serem realizados pela pessoa em seu futuro. Não se prende aos traumas do passado, às perdas, à herança genética, aos condicionamentos sociais, mas se lança ao que a vida espera de cada um, e essa visão de sentido a ser realizado é o que propicia o antagonismo noopsíquico, a capacidade de sobrepor-se aos condicionamentos psicofísicos, às adversidades, pelo “poder de resistência do espírito” (que suscitou o conceito precursor de resiliência), que capacita ao homem impor seu caráter humano de decisão e superação, apesar das condições psicofísicas e das circunstâncias sociais e ambientais adversas, como diz Frankl.
Essa escola de psicoterapia, considerada a Terceira Escola de Psicoterapia de Viena, segundo seu autor: “dirige-se não ao sintoma, senão a introduzir uma mudança na postura, uma conversão pessoal do paciente frente ao sintoma”, e, como consequência, há melhora dos sintomas; não se fecha no âmbito das psicopatologias, mas se abre e penetra na dimensão dos fenômenos especificamente humanos.
Viktor Frankl não anula as contribuições de outras abordagens psicoterápicas, antes, estas contribuições são reinterpretadas, reavaliadas e reumanizadas por ele.
Foi o fundador da Logoterapia, a psicoterapia centrada no sentido da vida, como resposta ao vazio existencial e as suas consequências: depressão, drogadição, violência e desvalorização da sexualidade.
